MANGUEZAIS E ESTUÁRIO

Objetivando um melhor entendimento dos leitores que não tem domínio do tema, para que possam melhor avaliar as condições ambientais de um dos mais belos e ricos ecossistemas existentes, abordamos inicialmente de uma forma geral e depois especificamente sobre aspectos relacionados com o município de São José da Coroa Grande.

Formação

Estima-se que os manguezais tiveram origem há cerca de 60 milhões de anos, no período terciário, quando aconteceu a deriva dos atuais continentes, em decorrência da ruptura da Pangéia ( única massa continental ).
A formação de um manguezal sofre influência de vários fatores, dentre os quais: temperatura, precipitação, evaporação, salinidade, topografia, amplitude de marés, freqüência de inundações, ventos, insolação e aporte de sedimentos.
Estima-se que em cem anos o nível do mar estará entre 0,3 e 0,8m acima do atual, o que irá gerar profundas modificações nas regiões que se encontram os manguezais. Tal condição provocará uma migração dos bosques de mangues em direção as partes mais altas, quando isso for possível, ou o seu desaparecimento.

Localização

Os manguezais estão restritos às zonas entremarés dos litorais e ilhas das regiões tropicais, estando associados aos estuários, baias e lagunas e em locais protegidos dos impactos das ondas, onde a salinidade se situa entre 5 e 30%0, podendo chegar até 90%0, a temperatura média se situa entre 18 e 240C e a precipitação pluvial fica acima de 1.500 mm/ano.
Estima-se que no mundo existam cerca de 160.000 km2 de manguezais, dos quais 25.000km2 estão no Brasil ( em Pernambuco são 270km2 ). No Brasil a área está compreendida desde o Cabo Orange, no Amapá, até Laguna, em Santa Catarina.

Características

Considerado como berçário da vida marinha, o estuário serve de sustento para inúmeras famílias de pescadores e deleite para turistas, pelo ambiente natural e exótico.
Os manguezais são ambientes costeiros dominados por uma vegetação de mangue, com árvores que podem atingir cerca de 20 metros de altura e 100 anos.
Os bosques de mangues podem ser classificados de acordo com a localização em ribeirinho ( margeando os rios e riachos ), ilhota ( distribuídos em ilhotas fluviais ) e bacia ( encontrado em áreas mais afastadas dos mangues ). No nordeste existe um tipo de manguezal conhecido como mangue seco, onde predominam árvores de pequeno porte e solo com alta salinidade. Já no sudeste predominam bosques de arbustos.
O solo é formado por uma lama de coloração cinza-escura a preta, rica em sulfeto de hidrogênio ( H2S ), o que causa um odor característico de enxofre ( ovo podre ), principalmente nos manguezais degradados e poluídos.
Na lama predominam raízes e materiais decompostos, formados por areias de origem marinha carreadas pelo vento e correntes marinhas e restos de galhos, folhas e animais, sendo sua superfície rica em matérias orgânicas, que servem de alimento aos peixes e crustáceos.
A escassez de oxigênio nas camadas mais baixas faz com que as raízes se projetem do solo ( raízes-escora e raízes aéreas ), ficando expostas, reduzindo o impacto das ondas das marés e servindo de substrato para ostras e outros organismos. Para dar maior capacidade de oxigenação, brotam das raízes enterradas os pneumatóforos e das raízes aéreas minúsculas estruturas porosas chamadas lenticelas.
O manguezal funciona como filtro e provedor de nutrientes para as espécies e por isso é considerado um dos ambientes mais produtivos. Ostras, mexilhões, moluscos e outros organismos marinhos se alimentam filtrando da água fragmentos de detritos vegetais e de microrganismos que decompõem a lignina dos troncos.
Comunidades de algas vermelhas, azuis e verdes crescem sobre as raízes que estão na faixa das marés. Observa-se ainda que a decomposição de folhas do manguezal por bactérias e fungos é a base da cadeia alimentar
Registra-se ainda que o tanino, extraído da casca do mangue, teve grande serventia até bem pouco tempo, para proporcionar maior resistência ao barro utilizado na fabricação de utensílios e servir como aditivo para a curtição de couros, dando-lhe uma aparência avermelhada.
Ressalta-se que, durante anos, o manguezal foi associado à febre amarela e malária, por causa dos borrachudos, mutucas e mosquitos que habitam a região, além do que desprezado por falta de atrativos turísticos.
Merece ressalva do autor que os manguezais não somente se constituem em uma bela paisagem, como transmitem uma sensação de contato íntimo com a natureza, como se as raízes envolvessem e protegessem seus visitantes, em meio a um silencio quase absoluto.

Apicuns

Os apicuns, também conhecidos como planícies hipersalinas, salgados e salinas, são considerados como parte do ecossistema manguezal, pois se localizam em áreas no interior ou contíguas aos bosques de mangues, razão pela qual devem ser consideradas como áreas protegidas.
Estas zonas de transição, de solo arenoso e vegetação herbácea ou desprovidas de vegetação, têm origem no assoreamento dos manguezais e quase nenhuma fauna, observando-se que em muitos casos são encontradas matérias orgânicas reminiscentes nas camadas inferiores.
Por tais características e também pela discussão relacionada às leis de proteção de manguezais, os apicuns tem sido utilizados como áreas favoráveis à carcinocultura, desconsiderando muitas vezes o impacto que tal atividade causa ao meio ambiente.

Flora

No mundo conhecidas 44 espécies de mangues, entretanto no Brasil somente encontram-se 7. As espécies mais comuns são mangue vermelho, preto e o branco. Em algumas regiões também são encontradas o mangue-de-botão (Conocarpus erectus), avencão (Acrostichum aureum) e algodoeiro-da-praia (Hibiscus pernambucenis), além de bugi e canoé. Outras espécies crescem sobre o mangue, denominadas de epífitas, compostas por liquens, musgos, bromélias, samambaias e cactos. Nota-se que a maior densidade das espécies de mangue vermelho e preto se deve à alta fecundidade.
Os mangues são espécies halófilas ( se adaptam bem à água salgada ), heliófilas ( necessitam de luz do sol ) e vivíparas, quando as sementes somente caem após o desenvolvimento, conhecidas como propágulos, que podem flutuar pelo estuário por longos períodos, até se fixar em um local adequado, quando são denominados de plântula.

Mangue vermelho
( Rhizophora mangle, Rhizophora racemosa e Rhizophora harrisonii ), conhecido como verdadeiro, bravo, sapateiro ou gaiteiro, tem raízes-escora ou rizóforos, que dão estabilidade e raízes adventícias, que brotam de troncos e galhos em forma de arco para o substrato. Quando raspado, mostram uma tonalidade avermelhada. Se adaptam bem às águas com salinidade de 50%0 e tem área média de dispersão de 35%. É muito utilizado para a confecção de lastros de camas, cercas e cobertura de palhoças e casas, assim como na curtição de couro e adição em barro para fabricação de utensílios. Somente a espécie Rizhophora mangle é encontrada do Oiapoque à Santa Catarina, sendo as demais restritas à região norte ( Schaeffer-Novelli,1999 )

Mangue preto
( Avicennia germinans e Avicennia shaueriana ), conhecido como sereíba ou siriúba, tem raízes horizontais e radiais, de onde surgem os pneumatóforos, que crescem verticalmente para propiciar melhor condição de respiração às plantas. O tronco tem uma tonalidade castanho-clara e quando raspado tem uma tonalidade amarelada, as folhas são esbranquiçadas na parte inferior e dão frutos com geometria assimétrica. Se adaptam bem às águas de salinidade até 90%0 e tem área de dispersão média de 10%

Mangue branco
( Laguncularia racemosa ), conhecido como tinteira ou manso, possui glândulas chamadas de nectárias junto à base de cada folha e tem raízes horizontais e radias com pneumatóforos. Se adaptam bem a águas de salinidade intermediária e tem área de dispersão de 5%. Frutifica com abundância e os frutos realçam mais que a folhagem

Fauna

A fauna dos manguezais é variada e não exclusiva do ecossistema, tendo capacidade de filtrar e expelir o sal, estando adaptadas às flutuações de marés e sendo classificados em:

• Sésseis ( necessitam de substrato para fixação ): ostras, sururus, taiobas, cracas, unhas-de-velho
• Arborículas ( vivem sobre troncos e galhos ): aratús-de-mangue, caranguejos-marinheiro.
• Rastejadores ( vivem sobre troncos e galhos ): caramujo-do-mangue,
• Escavadores ( vivem enterrados ou em galerias ): caranguejo-chama-maré, caranguejo-uçá, guaiamuns
• Voadores: insetos, aves, garças, 3 cocos.
• Natantes: bagres, saunas, carapebas, baiacus, tainhas, cascudos, manjubas, carapebas, agulhas
• Oportunistas ( buscam alimento ): cobras, jacarés, golfinhos, tubarões, peixe-boi-marinho, guaxinins, sagüis

Caranguejo-uçá ( Ucides cordatus )

O caranguejo é uma das espécies características de manguezais, sendo citada como exemplo para demonstrar a vida neste ambiente.
As andadas ocorrem cinco dias por mês durante os meses de janeiro a abril, quando machos e fêmeas saem das tocas para se reproduzirem. Antes da primeira andada, que se dá na primeira lua do ano, seja nova ou cheia e as andadas subseqüentes sempre na mesma lua, os animais espumam demonstrando a fase de cio. Até maio todas as fêmeas terão desovado.
A fase larval demora dois meses e depois vão para a lama. No inverno os adultos se entocam para engordar. Uma vez por ano, na primavera trocam o exoesqueleto ( carapaça ), quando secretam um líquido branco e em outubro e novembro os caranguejos engordam. As fêmeas carregam os ovos aderidos às cerdas do abdomem até a eclosão
Não é permitida a captura das fêmeas nem machos com carapaça menor que 5 cm, tamanho que identifica a fase adulta nem os caranguejos no período de reprodução.
O caranguejo-uçá, que constrói galerias que podem atingir até 1,5 metros, contribuindo para a oxigenação dos manguezais, tendo nas folhas o alimento preferido.

Aspectos Econômico e sociais

Os manguezais servem de subsistência para a população das regiões do entorno, de onde tiram o sustento catando espécies como caranguejos, guaiamuns, siris, aratus, ostras e sururus, para alimentação ou venda em geralmente em comunidades vizinhas.
A utilização dos manguezais deve ser feita de forma sustentável, através de uma forma adequada de manejo, pois trata-se de um ecossistema de fundamental importância para a vida marinha. Aliás, estima-se que cerca de 60% dos organismos pescados provém de estuários de manguezais
Mas a poluição por diversas formas de contaminantes, a devastação por desmatamentos e aterros e a prática da pesca predatória tem causado sérios danos aos manguezais, tornado cada vez menor a produtividade e mais difícil a captura das espécies.

Impactos Ambientais

Consideram-se impactos ambientais as alterações no meio ambiente causadas por atividades naturais ou antrópicas ( causadas pelo homem ).
Os manguezais são muito vulneráveis às alterações, por se encontrarem em áreas litorâneas, onde existe a maior concentração populacional e atividades econômicas.
Os fatores que mais interferem no meio ambiente estão o desmatamento de mangues, para a construção de casas, cercas, camas e lenha, ou objetivando a construção estradas, portos, marinas e tanques para viveiros de camarões.
Os despejos de lixo urbano e industrial, o carreamento de resíduos de pesticidas e fertilizantes utilizados em lavouras e as descargas de águas servidas oriundas da carcinocultura, tem contribuído significativamente para a destruição e contaminação dos manguezais

Pesca Predatória

É nociva para todos os ecossistemas e em especial aos estuários e manguezais, sendo praticada em variados graus de intensidade. Os apetrechos e produtos mais utilizados na pesca predatória são:

• Bombas: que causam a morte por compressão de inúmeras espécies de variados tamanhos
• Redes de malha fina: que capturam espécies minúsculas e outras em processo de extinção
• Redinhas e laços: que aprisionam caranguejos fêmeas ou em idade ainda não reprodutiva
• Carrapaticida: que contamina a área, as espécies e a cadeia alimentar, inclusive o homem.

Carcinocultura

A criação de camarões em áreas próximas de manguezais se constitui em elevado risco ao ecossistema. Transformam a paisagem, avançam sobre os manguezais, captam água limpa dos estuários e devolvem água servida contendo matéria orgânica e elementos químicos nocivos às espécies nativas, em especial com relação à transmissão de doenças, modificando a base da cadeia alimentar e o equilíbrio do ecossistema.

Despejos

Os manguezais sofrem a ação predadora decorrente dos despejos domésticos e industriais, compostos por detergente, vinhoto, herbicidas e metais pesados, por exemplo, causando a morte das espécies. O problema se torna mais grave em épocas de seca, quando o volume dos despejos é maior que a capacidade de diluição e absorção do rio ou estuário.
Há de se considerar a grande contribuição à poluição dos despejos de resíduos sólidos contidos em lixos urbano, industrial e até dos serviços de saúde.

Proteção

As indústrias localizadas próximas de manguezais devem possuir barreiras de contenção secundárias em reservatórios de produtos químicos e estações de tratamento de efluentes, visando bloquear vazamentos e derramamentos.
Outras medidas de proteção devem ser observadas quanto ao despejo de efluente industrial e sanitário, em estado bruto, que causa impacto em variados graus de intensidade.

Remediação

A recuperação das áreas de manguezais representa alto custo, grande dificuldade e elevado tempo, ressaltando-se que, em muitas vezes, os danos são irremediáveis.
As principais variáveis que devem ser consideradas para o estudo e projeto de remediação são:
Sensibilidade, vulnerabilidade, susceptibilidade ambiental, hidrodinâmica estuarina ( ventos, ondas, marés ), geoqímica do meio físico ( água superficial, água subterânea, solo, sedimento, vegetação, geologia, biologia aquática, fluxo de descontaminação.
Como exemplo, a remediação das áreas atingidas por derramamentos de derivados de petróleo é uma tarefa complexa, em virtude do tipo dos contaminantes, das condições anaeróbicas do substrato do solo, das dificuldades no acesso e capacidade de diluição dos nutrientes, em decorrência das oscilações de marés.

Principais processos utilizados para remediação ambiental

• Mecânicos: Barreira de contenção, absorvedores, recolhedor mecânico
• Químicos: Aglutinadores, gelatinantes, oxidantes
• Biológicos : Bioremediação
• Remediação: Jateamento, remoção física, controle de fontes,
• Disposição: Aterros sanitários, refinarias, fornos, incinaradores, depósito temporário

Manguezais do Rio Una


Foz do Rio Una
 

Estuário
 

Várzea do Una
 

Manguezal preservado
 

Ilhota em Manguezal
                 

Espécie de Mangue
               

Considerações Gerais

O ecossistema formado pelos manguezais e estuário do Rio Una abrange aproximadamente 15 km2, significando cerca de 5,5% da área coberta por manguezais do estado de Pernambuco, estimada em 270 km2.
Vai desde a Praia do Porto, no município dos Barreiros, até próximo do riacho Meireles, já na zona urbana da cidade de São José da Coroa Grande.
Registra-se que o Rio Una chega ao estuário depois de percorrer 200 km, receber mais de 30 afluentes considerados de porte e banhar 42 municípios, contemplando uma bacia que abrange uma área de 6.270 km2, o equivalente a aproximadamente 6,0% da área do estado de Pernambuco.
A área estuarina do Rio Una é uma reserva biológica e considerada como Área de Proteção Ambiental, de acordo com a lei 9931, de 11 de dezembro de 1986, também estando inserida na Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais.
O olhar do alto permite um incomparável deslumbramento com a beleza de um rico ecossistema, com manguezais preservados, ilhotas fluviais e uma imensa faixa de areia com vegetação de restinga, que serve de divisa entre o Rio Una e o oceano Atlântico, onde fica a Praia de Várzea do Una.
O solo lamacento e pouco oxigenado é inundado periodicamente com as marés altas que chegam a amplitudes de até 2,5m.

Flora

As espécies mais encontradas são o mangue-vermelho, também conhecido como mangue-bravo ou gaiteira (Rhizophora mangle); preto, também conhecido como sereíba ou siriúba (Avicennia sp) e o branco (Laguncularia racemosa). Também podem ser vistos o mangue-de-botão (Conocarpus erectus), avencão (Acrostichum aureum) e algodoeiro-da-praia (Hibiscus pernambucenis), além de bugi e canoé.
Também são registradas ocorrências de mangues-seco e apicuns, onde predomina a vegetação herbácea em meio a bancos de areia, no interior das florestas de mangues, principalmente na região da vila de Abreu do Una.

Fauna

Dentre as espécies de crustáceos, moluscos e peixes que habitam o estuário estão ostras-de-mangue, sururus, taiobas, unhas-de-velho, aratus, cracas, guaiamus, siris, caranguejos-uçá, tesourões, xiés, mãos-de-sapo, carapicús, soias, sardinhas, bagres, tainhas, carapebas, camurins, agulhas, amorés, baiacus e saúnas.
Quanto aos pássaros, podem ser vistos socós, garças e três cocos, que se aqlimentam de peixes e invertebrados e fazem ninhos em galhos, além de aves migratórias
Sagüis e guaxinins também habitam os manguezais em busca de alimentação

Geomorfologia

Com a justificativa de minimizar os efeitos da cheia do Rio Una, em julho de 2000, que causou grande destruição das áreas mais baixas das cidades por ele banhadas, foi aberto um canal a cerca de 2km ao norte da antiga foz, para melhor escoamento das águas. A obra significou o deslocamento da foz, visto que foi formado um banco de areia na margem direita do rio, impedindo seu curso normal e anterior, fazendo com que a antiga foz agora sirva somente como acesso de água à lagoa que banha as vilas de Abreu e Várzea do Una.
Tal modificação, que é motivo de estudos aos órgãos responsáveis pelo controle ambiental, tem causado preocupação aos habitantes, pois a salinidade aumentou e a circulação de água agora somente é feita pela entrada da maré, reduzindo a capacidade de oxigenação do estuário e a carga de nutrientes. Além disso, o acesso das embarcações pela antiga foz, devido ao assoreamento, foi enormemente prejudicado, causando prejuízos à navegação e pesca na área estuarina e às atividades de turismo e de construção e reforma de embarcações.

Destruição Ambiental

As ações de conscientização ambiental desenvolvidas pelo Museu do Una e as fiscalizações dos órgãos ambientais minimizaram consideravelmente o corte de mangue para a construção de cercas e “esqueletos” de casas de taipa, além da utilização como carvão, observando-se que a prática da pesca predatória do caranguejo e outras espécies, utilizando redinhas, ratoeiras, armadilhas e até carrapaticida foi reduzida, mas ainda não eliminada.
A condição apresentada em 2003, com a formação de um banco de areia proveniente do assoreamento do leito do rio, em decorrência da abertura da barra em 2000, causou não somente problemas na fauna e flora estuarina como também impactos na economia da região, dentre os quais:

• Extinção ou deslocamentos de áreas de restinga e mangues
• Redução acentuada nos estoques de espécies marinhas
• Redução de profundidade na antiga foz e área estuarina
• Dificuldade e impossibilidade de acesso de embarcações no estuário
• Empobrecimento da população que sobrevive da pesca
• Redução de renda para carpinteiros navais e fornecedores locais